terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PORTO DE TUBARÃO – O MAIS EFCIENTE DO MUNDO

porto_de_tubarao_minerioUm estudo do Departamento de Engenharia Naval da Universidade de São Paulo (USP) aponta o Porto de Tubarão, em Vitória, operado pela Vale, como o mais eficiente do mundo para exportação de minério de ferro.

O levantamento teve base no chamado giro de pátio, ou seja, a utilização de área de estocagem. A parceria entre a mineradora, maior produtora de minério de ferro do mundo, e a USP começou em 2007.

No caso de Tubarão, o giro é de 31,08 vezes. A média mundial é de 15 vezes. Quanto maior o giro, mais eficiente é o uso da capacidade estática disponível. Em outras palavras, quanto mais operações de entrada e saída de carga, melhor.

O levantamento da USP, coordenado pelo professor Marcos Pinto, comparou nove portos de exportação de minério de ferro no mundo. O de Tubarão tem a maior produtividade por berço de atracação, com um volume médio de 32,43 milhões de toneladas exportadas. Já o de Port Headland, na Austrália, chega a 27,57 milhões de toneladas. Outro porto da Vale, o Ponta da Madeira (MA), é o terceiro produtividade por berço, com 27,04 milhões de toneladas.

Humberto Freitas, diretor de Portos e Navegação da Vale, explica que fechou a parceria com a USP com o objetivo de identificar possíveis gargalos e fazer alguma correção de rota necessária na área. “Isso facilita o planejamento da operação e a compra dos equipamentos certos”, diz.

De 2004 a 2008, a Vale investiu em logística US$ 5,15 milhões e planeja dobrar o valor, para US$ 11,4 bilhões, de 2009 a 2013. Somente neste ano, segundo o orçamento revisado apresentado pela empresa em maio, serão gastos US$ 1,858 bilhão.

porto_de_tubarao_navioCom esse montante, a mineradora é a companhia que mais investe em logística no Brasil. A Vale tem ao todo seis terminais portuários e atualmente executa a obra de um porto no Peru e já tem acertado um projeto para Omã. No ano passado a mineradora produziu 253,6 milhões de toneladas de minério de ferro, o que gerou US$ 17,6 bilhões em exportações. O maior cliente é a China, para onde foram embarcadas 444 mil toneladas.

Parte dos recursos tem sido destinado ao Porto de Tubarão, com a substituição dos dois carregadores de navios, a construção do quinto virador de vagão e o aumento da potência de todos os viradores em operação. Com mapeamentos como o que foi apresentado pela USP, a Vale tem condições de fazer simulações para saber que tipo de tecnologia pode agregar ao negócio de portos nos projetos atuais e nos que ainda estão na gaveta.

Também há um ganho para a universidade. “A relação com a Vale fomenta o desenvolvimento da inteligência na universidade”, diz o coordenador do estudo.

“Se não investimos antes e não nos antecipamos a possíveis demandas, a carga simplesmente não vem. Temos até agora conseguido nos antecipar aos cenários futuros”, afirma Freitas.
Fonte: Estadão/Blogdorogerio.com.br

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